PD01 D.P.E. módulo 2

Desenvolvimento Profissional e Ético
D.P.E.
Módulo 2

Formação do Perfil Ético

Ao perceber que o perfil ético de um profissional faz parte dos critérios de seleção, o estagiário começa a aprofundar no significado dessa exigência. É o momento de refletir e dialogar com colegas e superiores. O profissional ético é uma pessoa preparada técnica e moralmente para exercer uma função dentro de uma organização ou de forma autônoma. Tecnicamente, porque o profissional que diz possuir as habilidades necessárias e na realidade não está preparado prejudica a si próprio e à empresa que o contratou. Moralmente, porque o caráter ético é notado em muitos pormenores de seu desempenho.
Um profissional ético é honesto, sincero, franco, transparente. Por essas características conquista a confiança de colegas, subordinados e superiores. Fala quando necessário e cala-se quando deve. Incentiva seus colegas, pares ou subordinados a agirem eticamente, mesmo quando a conduta contrária pode trazer retornos financeiros ou materiais mais fortes.
Um profissional ético sugere alternativas quando a forma habitual de atuar na empresa ou no ramo de negócios for contrária à moral ou aos bons costumes. Sabe dizer não com personalidade, mesmo que no curto prazo pareça que a organização pode perder clientes ou fornecedores, porque sabe que no médio e longo prazo esses clientes ou fornecedores voltarão com mais segurança e fidelidade.
Um profissional ético sabe ponderar o que é bom para si, para a organização e para a sociedade, não se limita a cumprir o que lhe é indicado, sem iniciativa pessoal. É suficientemente criativo para saber propor novos métodos.
Não tem medo de ser demitido ou maltratado por pessoas com menos formação moral. Sabe lidar com qualquer tipo de pessoa, ajudando os amigos (ou inimigos) a enxergar o que é bom e verdadeiro, de maneira natural, simples, positiva e profissional.


A Magia de Educar no Século XXI

Fala-se muito do educador do futuro, do professor do futuro, mas é no hoje, no aqui e no agora que estamos vivendo uma série de dilemas que necessitam de ações e intervenções imediatas. Aprender, e ensinar no século XXI, é imenso desafio por uma série de fatores, mas o principal deles é a própria complexidade de nosso tempo, com todas as questões sociais presentes. Aprender e ensinar no século XXI exige novas competências e habilidades cognitivas, exige movimento de desejo de aprender, de ensinar, exige discernimento, postura ética e política, exige humanismo e inclusão numa perspectiva mais ampla do que tão somente pensarmos em colocar nas escolas pessoas portadoras de necessidades educativas especiais.

Aprender, e ensinar no século XXI é fazermos, cada um a nosso modo e jeito, a nossa parte, para a construção de um novo tempo, onde possamos ver e viver dias melhores, percebendo que o essencial é a relação humana e os vínculos que criamos com as pessoas e instituições, vínculos estes que devem ser os mais positivos possíveis, pois facilitam processos de aprendizagens significativas.

O que é competência?

Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação.
A Competências e habilidades pertencem à mesma família. diferença entre elas é determinada pelo contexto.
Para ser competentes, precisamos dominar conhecimentos.
A capacidade de tomar decisões e a experiência estão estreitamente relacionadas na operação de uma competência.

A competência só pode ser constituída na prática.

Competência e profissionalismo: o lugar da ética
Nílson José Machado

Competência e profissionalismo são duas palavras muito presentes no discurso educacional, ainda que com conotações variadas, oscilando, algumas vezes, entre pólos antagônicos.
A idéia de competência
Três são os ingredientes fundamentais em sua constituição. Em primeiro lugar, a pessoalidade é uma dimensão característica da noção de competência: as pessoas é que são competentes (ou incompetentes), não fazendo qualquer sentido expressões como“livros competentes", "computadores competentes", ou objetos competentes, de uma maneira geral. A consideração de tal fato nos remete imediatamente a algumas considerações sobre o conceito de pessoa.
Constituímo-nos como pessoas representando papéis, em diferentes âmbitos: na família, no trabalho, na vida política etc. A sociedade é um vasto sistema de distribuição de papéis. A palavra deriva de persona, que em latim era a máscara utilizada pelos atores no teatro. Uma pessoa pode ser caracterizada, pois, como um feixe de papéis sociais. Para apresentar qualquer um de nós, em uma situação formal, o apresentador desfila uma série de papéis que desempenhamos regularmente, no trabalho, na família, na vida pública etc. Em alguns desses papéis, somos protagonistas; em outros, meros coadjuvantes. Em todos os casos, ninguém se constitui como pessoa sem o outro, sem representar papéis junto com os outros ou para os outros. Não é possível imaginar-se uma pessoa socialmente desintegrada, ou seja, que não partilhe projetos e valores com os outros.
Um segundo ingrediente da idéia de competência é o âmbito. Se alguém nos afirma que "Fulano é competente", ou pressupõe que conheçamos o contexto e saibamos o âmbito em que tal pessoa atua, ou então, automaticamente, perguntamos: "É competente em quê?" E soa estranho dizer-se: "É competente para o que der e vier". A idéia de competência reclama a determinação de um âmbito. Dizemos naturalmente: "Isto não é da minha competência", quando queremos estabelecer tal âmbito. A fixação de um âmbito significa a referência a um contexto, significa uma contextuação. Toda competência realiza-se em determinado contexto. Assim como não existe uma autoridade para todos os âmbitos, também não é concebível uma competência para todos os contextos imagináveis.
Idéia de competência está diretamente associada a essa capacidade de situar o aprendido em diferentes âmbitos. Não se constrói o conhecimento sem um movimento cíclico que se inicia na abstração e se realiza na contextuação.
Um terceiro ingrediente da idéia de competência é a capacidade de mobilização. Uma pessoa competente é capaz de mobilizar o que sabe para realizar o que deseja; alguém que estuda muito aprende tudo, e não realiza coisa alguma é, sem dúvida, incompetente. Naturalmente, antes da mobilização referida, é preciso haver o desejo, a vontade, o projeto. Alguém que nada deseja, que não tem projetos, ou a quem nada apetece, é certamente um incompetente. A inapetência é a ante-sala da incompetência. Etimologicamente, a palavra competência deriva de com + petere, ou de pedir junto com os outros, buscar junto com os outros, desejar ou projetar junto com os outros.

A idéia de profissionalismo
Por mais digno que seja todo trabalho honrado, intuímos que nem toda ocupação constitui uma profissão. Vivemos, nos dias atuais, um quadro de ocupações muito volátil. O esmigalhamento das tarefas no universo do trabalho conduz à perda do significado do mesmo e a uma descaracterização da idéia de profissão. Em alguns casos, não temos dúvidas: falamos de profissionais da Educação, de profissionais da Saúde, de profissionais da Justiça, de profissionais das Forças Armadas, por exemplo. Mas também lemos ou ouvimos falar em “assassino profissional”, ou usamos expressões como “político profissional” com certa conotação negativa.
Quais seriam, então, os elementos constitutivos da noção de profissionalismo, cuja identificação nos livraria de tal indesejável confusão?
Três são os ingredientes fundamentais da idéia de profissionalismo.
Em primeiro lugar, um profissional exibe uma imprescindível competência técnica.
O comprometimento é o segundo ingrediente decisivo na construção da noção de profissionalismo.
Um terceiro ingrediente compõe a idéia de profissionalismo, juntamente com a competência técnica e o compromisso público: trata-se da imprescindível auto-regulação do exercício profissional. Poder-se-ia mesmo dizer que a auto-regulação seria uma contra-partida necessária para um efetivo compromisso público de uma categoria profissional.



Quais as características do ensino do século XXI?

O ensino do século XXI precisa ser dinâmico, movimentado, reflexivo, investigador, dialógico, facilitador, transdisciplinar, expressivo, significativo, conceitual, instrumental e que promova não somente a autonomia do sujeito (percebida com gestão de si mesmo), mas também sua ontonomia (a gestão do ser), focando nos valores e nos direitos humanos universais. O ensino do século XXI deve fomentar novos sentidos as palavras realidade, poder, desejo e sonho, irmanadas com a amorosidade, para fazer nascer o pensamento.



Todos envolvidos na magia de educar

A magia de educar existe quando nossas capacidades humanas de aprender e de ensinar dão sentidos e significados às nossas próprias experiências com o mundo, com o saber, com o conhecimento, com os outros e conosco mesmo.

Saberes Necessários à Prática Educativa
Ensinar Exige ...
Rigorosidade Metódica
Pesquisa
Respeito aos Saberes do Educando
Criticidade
Estética e Ética
Corporeificação das Palavras pelo Exemplo
Risco, Aceitação do Novo e Rejeição a Qualquer Forma de Discriminação
Reflexão Crítica Sobre a Prática
Reconhecimento e Assunção da Identidade Cultural

Ensinar Exige ...
Consciência do Inacabamento
Reconhecimento de Ser Condicionado
Respeito à Autonomia do Ser do Educando
Bom Senso
Humildade, Tolerância e Luta em Defesa dos Direitos dos Educadores
Apreensão da Realidade
Alegria e Esperança
Convicção de que a Mudança é Possível
Curiosidade
Segurança, Competência Profissional e Generosidade
Comprometimento
Compreender que a Educação é uma Forma de Intervenção no Mundo
Liberdade e Autoridade
Tomada Consciente de Decisões
Saber Escutar
Reconhecer que a Educação é Ideológica
Disponibilidade para o Diálogo
Querer bem aos Educandos



Ser professor(a)

Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta.
Enquanto professores...
Somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a vida pessoal.
Somos atores, somos atrizes, que interpretam a vida como ela é,
sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances.
Somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria,
pela falta de tempo da família,
pela carência de tempo de viver a própria infância.
Somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura, que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer.
Somos faxineiros, ao tentarmos lavar a alma dos pequenos, das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heróicos ao mesmo tempo.
Somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem sabemos se adequados.
É só parar para pensar que talvez seja possível encontrar em cada profissão existente um traço de nós professores. Contudo, ser professor, ser professora é ser único, pois a docência está em tudo, passa por todos, é a profissão mais difícil, mas a mais necessária.
Ser professor é ser essência, não sabemos as respostas.
Estamos sempre tentando,
Às vezes acertamos, outras erramos, sempre mediamos.
Ser professor é ser emoção
Cada dia um desafio
Cada aluno uma lição
Cada plano um crescimento.
Ser professor é perseverar, pois, diante a tantas lamúrias “não sei o que aqui faço, por que aqui fico?” fica a certeza de que...
Educar parece latente, é obstinação.
Ser professor é peculiar,
Pulsa firme em nossas veias,
Professor ama e odeia seu ofício de ensinar
Ofício que arde e queima
Parece mágica, ou mesmo feitiço.
Na verdade, não larga essa luta que é de muitos.
O segredo está em seus alunos, na sua sala de aula, na alegria de ensinar a realização que vem da alma e não se pode explicar.
Não basta ser bom... tem que gostar.

Soraia Aparecida de Oliveira, Artigo publicado na edição nº 350, setembro de 2004, página 21, jornal Mundo Jovem.

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