Cultura local como ponte para o Conto Infantil
Texto-base das oficinas de 01, 08 e 15/10/11
Objetivos do encontro: A oralidade e elementos pré-textuais; Pesquisa temática cultural sobre Iguape.
A Literatura infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o Mundo, o Homem, a Vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática; o imaginário e o real; os ideais e sua possível/impossível realização. (Sueli de Souza Cagneti, in Livro que te quero livre,1996 p.7)
Ana Maria Machado sofreu influência e bom exemplo, de seu pai, o jornalista e político Mario Martins, que lhe ofereceu um ambiente cheio de livros e lhe contou histórias. Sua carreira como escritora de literatura infantil, foi despertada a partir do momento em que a autora escreveu histórias infantis para uma revista, assim ela percebeu que se identificava com o público infantil e com esse tipo de linguagem, onde o literário faz uma interseção com o coloquial/oral/familiar, a partir dos elementos culturais que lhe foi oferecido.
Inicialmente a partir da oralidade, e visto que desperta na criança uma ‘aproximação’ entre o concreto do cotidiano e o abstrato, a literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo. Nisso, sonhos e realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo modificar a realidade seja ela boa ou ruim.
A literatura infantil desde a origem sempre foi ligada à diversão ou ao aprendizado das crianças, acredita-se que seu conteúdo deve ser adequado ao nível da compreensão e interesse desse peculiar destinatário.
Todos nós temos uma história, e as histórias de nossas vidas dariam um livro se tentássemos escrevê-las; o difícil é compreender tudo isso, e temos a tendência de achar que nada em nossas vidas é significativo o bastante para tentar.
Com a criança não é diferente, alguma delas ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos humaniza também. Torna-nos cidadãos modificadores ou autores da cultura e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa velocidade imensurável.
Quanto aos aspectos culturais, nos cabe neste momento da Oficina buscarmos pelos elementos que nos cercam, com vistas à produção de conto tangenciado pela cultura iguapense.
Atividades do dia para estabelecer os elementos pré-textuais.
Quais são os itens, objetos culturais, que cercam o cotidiano das nossas crianças?
Quais histórias são hoje contadas pelos pais aos filhos, que deveriam merecer um registro escrito, preservando-a para as pessoas que ainda virão?
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