Aprendizagem em espiral
Edgar Morin esmiuça tal característica enquanto princípio de recursividade, “cujos produtos são necessários para a própria produção do processo. É uma dinâmica autoprodutiva e auto-organizacional “(2003, p. 35). Decorre da relação criativa do homem e seu meio, e tal processo cognitivo segue em desenvolvimento espiralado, constante e retroalimentado pelo conhecimento, reconstruido sobre as bases anteriores (anéis em espiral).
O elo de ligação entre professor e aluno assenta-se na relação que ambos compartilham quanto aos processos de aprendizagem; tanto ele quanto seus aprendizes têm em comum: aparelhamentos biológicos e culturais de aquisição de conhecimento, onde a aprendizagem anterior impulsiona-os a buscar por mais complexidade, a galgar um anel da espiral cognitiva. Este elo de comunhão, por sua vez, fortalece-se mediante as constantes instrumentalização da prática educativa que propicie a ambos a consciência da própria condição de incompletude.
"O conceito de aprendizagem em espiral pode enunciar-se da seguinte forma: qualquer ciência pode ser ensinada, pelo menos nas suas formas mais simples, a alunos de todas as idades, uma vez que os mesmos tópicos serão, posteriormente, retomados e aprofundados mais tarde." Ramiro Marques, em "A Pedagogia de Jerome Bruner", (clique e baixe PDF com o texto completo)
Comentários
Postar um comentário